vieste ao meu encontro. Era Verão, não sabias de nada nem isso interessava. Palavras amavam-se fora de ti, no atropelo das emoções. Lá chegaria a primeira vez, o encontro apressado num lugar público. Desfeito o erro ao toque da pele, não sei se havia medo, a paixão queria-me no lugar exacto do teu coração. Palavras enrolam-se na sombra da vida a dor do sentimento.
Atingido o espírito, o tempo da infância, a realidade. Em ti a solidão que o prazer não mata. Quero a beleza dos versos revelada. Alguns anos passaram sobre a nossa história que não acabou. A tarde envelhece e escrevo isto sem saber porquê.