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Amar...
Amar...

Amar quem Está tão Próximo da Morte

 

Esta estação do ano podes vê-la 
em mim: folhas caindo ou já caídas; 
ramos que o frémito do frio gela; 
árvore em ruína, aves despedidas. 
E podes ver em mim, crepuscular, 
o dia que se extingue sobre o poente, 
com a noite sem astros a anunciar 
o repouso da morte, gradualmente. 
Ou podes ver o lume extraordinário, 
morrendo do que vive: a claridade, 
deitado sobre o leito mortuário 
que é a cinza da sua mocidade. 
 Eis o que torna o teu amor mais forte: 
 amar quem está tão próximo da morte. 


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